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A gravidez não é uma doença e, como tal, ela não impede a prática de desporto desde que com moderação. Uma exceção a este caso é, claro, em caso de gravidez de risco ou em casos de doença associada. Só o médico que a acompanha saberá qual a melhor opção para si, daí a sua impotancia para determinar qual a carga de exercício físico que é capaz de suportar.
O desporto na gravidez pode facilitar e muito a vida da nova mamã principalmente no que diz respeito à mobilidade e às chamadas “pernas inchadas” frequentes no final da gravidez, além de poder contribuir para facilitar o trabalho de parto. A prática de exercício aumentará o bem-estar físico e psicológico da mãe e ajudá-la-á a estar mais activa, com um corpo mais flexível e em forma. Além disso, melhorará a circulação e aumentará a resistência, evitará ganhar mais peso do que o recomendado e favorecerá a prevenção da prisão de ventre. No entanto, há cuidados redobrados a ter e os exercícios devem ser simples, moderados e regulares, para que de facto sejam benéficos.
Quando falamos em alterações na mulher grávida que condicionam o tipo e intensidade do exercício físico que esta pode praticar, não estamos a falar apenas das alterações físicas que ocorrem mas também e maioritariamente das alterações e adaptações que ocorrem a nível fisiológico. Falamos de modificações cardiovasculares, hormonais, músculo-esqueléticas, respiratórias e metabólicas, as quais ocorrem para criar o ambiente ideal para o desenvolvimento do feto. Além disso, o exercício físico durante a gravidez ajuda a diminuir o stress, a ansiedade e a instabilidade psicológica pós-parto. Outros benefícios são o controlo da respiração e da dor durante o parto, a aceleração da recuperação física pós parto, a tonificação dos músculos das costas evitando dores e melhorando a postura, e ainda a ocorrência de uma melhor conciliação do sono.
Para mulheres que nunca praticaram desporto, esta não será a melhor altura para começar, mas exercícios como caminhadas e hidroginástica são muito recomendados nestes casos (cerca de meia hora por dia). Quem já pratica exercício à mais tempo e pretende manter a forma, pode optar por exercícios mais demorados, mas tendo sempre cuidado com a intensidade dada. É importante nesta fase não elevar demasiado a frequência cardíaca, cerca de 130-140 pulsações por minuto, de forma a impedir o cansaço demasiado e a falta de ar. É importante também um bom aquecimento, utilização de equipamento adequado, e a hidratação contínua.
Que desportos devem ser evitados?
Que desportos são recomendados?
Concluindo, se a mulher praticava desporto previamente à gestação, pode continuar a praticá-lo com moderação e controlo médico. E, se antes não praticava qualquer tipo de desporto, a gravidez é uma boa altura para se iniciar, com peso e medida, em hábitos de exercício saudáveis. Isso trará benefícios positivos sobre a saúde materno-fetal durante a gravidez, assim como benefícios para a mamã no momento do parto.