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Sabe interpretar corretamente um rótulo? O que procura quando o analisa?
Hoje em dia, já muita gente se preocupa em ler um rótulo mas nem todas as pessoas procuram as informações certas ou dão valor ao que realmente importa. Neste artigo vou dar o meu ponto de vista em relação a esta temática.
Quando vou ao supermercado e olho para o rótulo de um alimento, foco-me sobretudo nos ingredientes (quantidade de aditivos, sal, açúcar adicionado, gorduras adicionadas...); nos hidratos de carbono, guiando-me pela percentagem de dose diária recomendada (rejeito quando a percentagem "dos quais açúcares" é muito elevada comparativamente com os restantes); nas gorduras, recusando alimentos ricos em gorduras saturadas; na quantidade de fibra, se for um alimento suscetível de ser rico em fibra prefiro os que a possuem em maior quantidade; e na riqueza em proteínas (quanto mais melhor, mas claro que essa quantidade depende muito do alimento em questão e da necessidade de proteínas de cada um). Tenho atenção também à quantidade de sódio, que em bom português corresponde ao teor de sal que o alimento contém.
Gosto particularmente dos rótulos que utilizam sistema de cores que nos permite ver rapidamente se as quantidades de nutrientes/componentes são excessivas ou não:
Se há coisa que não gosto é de olhar para as calorias! A quantidade de calorias depende muito do tipo de alimento e, como é obvio, um alimento rico em hidratos de carbono de absorção lenta (produtos integrais, por exemplo) possuem muito mais calorias e nem por isso são os piores aliados da dieta! O ideal é preferir alimentos balanceados no teor de açúcares e gorduras; rico, se possível, em sais minerais, vitaminas e fibras; e baixo em sal.
Outra coisa que considero importante e que considero que muita gente tem dúvidas é em relação à expressão: "sem açúcar adicionado". Esta expressão não quer dizer que o alimento é melhor ou pior que outros, diz apenas que à matéria-prima inicial não foi adicionado açúcar (o que não impede que ela já seja extramamente rica em açúcares), além de que o facto de não ter sido adicionado açúcar pode querer dizer que foram adicionadas elevadas quantidades de edulcorantes artificiais, alguns deles já associados a disturbios metabólicos. Em relação aos edulcorantes, e já que toquei no assunto, prefira a Stevia ao aspartame e a outros mais utilizados pois esta primeira é um adoçante natural que provém de uma planta e que é tida como uma boa alternativa ao açúcar e aos adoçantes convencionais.
Os nutrientes são a base de qualquer organismo e cada um tem a sua função, daí a importância de uma alimentação rica e variada! Como é óbvio, precisamos mais de uns do que de outros, e aqui vou mostrar um pouco da importância de cada um.
A água não é um nutriente mas é essencial à vida e não podemos esquecer que ela compõe a maior parte do nosso organismo, sendo importante a ingestão diária de cerca de 2 litros por dia (até mais para quem treina!).
Os hidratos de carbono ou glícidos, são essenciais para o fornecimento da energia ao longo do dia e podem ser encontrados maioritariamente nos cereais (farinhas, massas, arroz, pão...). São dos nutrientes mais ricos em calorias e são por isso a principal fonte de energia antes dos treinos. É importante também saberes escolhe-los e optar por cereais integrais com hidratos de qualidade, assim como ingerires quantidades reduzidas depois dos treinos, principalmente à noite. Nas minhas receitas encontrarás boas dicas.
As proteínas são as grandes amigas dos nossos músculos por serem essenciais à sua construção e manutenção, sendo portanto o elemento predileto a qualquer praticante de desporto! Além disso são essenciais à formação de hormonas, enzimas, anticorpos e outros elementos importantes. Podem ser encontradas maioritariamente na carne, peixe, clara do ovo, no leite e seus derivados, mas também compreendem uma percentagem considerável em leguminosas e alguns tipos de sementes.
Os lípidos, as vulgares gorduras, devem ser ingeridas com moderação (especialmente se o objetivo é emagrecer) mas não deixam de ser importantes. São a maior fonte energética e desempenham funções muito importantes a nível estrutural e hormonal, o que é essencial especialmente para praticantes de musculação. Além disto possuem ação anti-inflamatória, o que é importante para a recuperação muscular! Devemos, no entanto, preferir as gorduras não saturadas (como o ómega 3 e 6), as quais aumentam os níveis de bom colesterol (HDL) no nosso organismo. Devemos optar, portanto, por óleos de origem vegetal (principalmente o azeite e o óleo de coco), frutos secos (como nozes e amêndoas), peixes gordos, etc.
As vitaminas são compostos orgânicos presentes nos alimentos que são essenciais para o funcionamento normal do metabolismo, e em caso de falta, pode levar a doenças. Quase todas não são produzidas pelo organismo em questão, devendo obrigatoriamente ser obtidas na dieta, maioritariamente das frutas e dos legumes. São muitas delas essenciais para uma boa absorção e aproveitamento dos restantes nutrientes, pelo que os praticantes de desporto não podem DE TODO descartar os vegetais da alimentação!
Os vegetais são também grande fonte de sais minerais, os quais são muito importantes para inúmeras funções metabólicas do nosso corpo! Refiro-me ao ferro, fósforo, magnésio, zinco, potássio, sódio e muitos mais. Irei fazer artigos com referências específicas a alguns destes elementos, no sentido de revelar a sua importância a nível do treino desportivo.
Todos estes nutrientes são necessários e todos eles na dose certa tendo em conta o grau de atividade de cada um. Se tiver dúvidas exponha-as aqui na secção de comentários